José Jorge Munhoz Frade, da
Competência em Gestão de Unidades de Saúde pela Ordem dos Médicos, em
comunicado refere que o projecto surge "devido à insuficiente capacidade
de resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados - RNCCI e refere que a unidade mais próxima,
com tipologia de Convalescença, existe em Serpa e está sempre lotada”.
O projecto vai ser entregue à
Comissão Parlamentar de Saúde para apreciação.
O deputado do PCP eleito por
Beja, João Dias, que também faz parte da Comissão de Saúde, referiu à Planície
que “partilhamos das preocupações que o Drº Frade levanta, relativamente aos
cuidados paliativos. Não só no nosso Distrito, mas também no País inteiro, há
uma forte carência absoluta, daquilo que são as respostas. No Distrito de Beja,
apenas temos uma unidade com poucas camas, (10), o que faz com que a resposta para
quem precisa desses cuidados seja muito diminuta. Faz todo o sentido que o
Hospital Distrital de Beja, tenha uma unidade de cuidados paliativos, para responder
às necessidades, que muitas das vezes surgem no próprio hospital”.
O parlamentar adiantou ainda que
“se for pedida uma audiência à Comissão de Saúde, teremos a maior receptividade
a essa iniciativa. De qualquer das formas é sempre importante respeitar toda
aquela que é a organização e a orgânica
dos cuidados paliativos, nomeadamente criar respostas públicas em termos dos
cuidados continuados e dos paliativos. As unidades na sua maioria, (+90%), são
ou privadas ou do sector social, pertencentes à Misericórdia, como é o caso de
Serpa. Nos achamos que deve haver uma resposta pública e criar uma em Beja, faz
todo o sentido, independentemente de o projecto ser do Drº Frade ou outro
projecto, até mesmo da Administração, que já deveria ter tomado essa
iniciativa”.
A equipa autora deste projecto considera que "principalmente pela
proximidade, a possível existência no Hospital de uma Unidade de Cuidados
Paliativos agilizaria o actualmente lento processo de transição de doentes da
Medicina Interna para esse nível de cuidados de saúde, beneficiando
prioritariamente os que necessitam de cuidados paliativos de elevada
complexidade”.