Segundo os dados do relatório da
sinistralidade rodoviária referente ao primeiro semestre de 2020, todos os
indicadores de sinistralidade registaram uma redução face ao período homólogo
de 2019.
A pandemia e os estados de
emergência e calamidade explicam, em grande parte, e de forma esperada, a
redução global no semestre, afirmaram em conferência de imprensa o presidente
da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Rui Ribeiro, e os
representantes da Polícia de Segurança Pública (PSP), intendente Nuno Carocha,
e da Guarda Nacional Republicana (GNR), major José Beleza, que se mostraram
sobretudo preocupados com os dados relativos ao pós-pandemia.
Se os primeiros meses do ano,
Janeiro e Fevereiro, mostravam uma tendência de decréscimo nos indicadores de
sinistralidade, e que se acentuou durante o período de confinamento devido a
uma quebra drástica na circulação rodoviária, essa tendência começou a
inverter-se no que diz respeito ao índice de gravidade dos acidentes com
vítimas, com menos acidentes, mas mais vítimas mortais.
A tendência revelou-se mais
preocupante a partir de Junho, sendo que os dados preliminares de Julho, o
primeiro mês do segundo semestre, apontam para um agravamento ainda maior,
adiantou Rui Ribeiro, admitindo preocupação.
Em relação ao Distrito de Beja no
1º semestre registaram-se 146 acidentes (-28,4% que no período homologo), dos
quais resultaram 5 vitimas mortais, 23 feridos graves e 167 feridos ligeiros. O
Distrito apresenta a maior redução no que se refere a vitimas mortais, menos 9
que em 2019.
Recordamos que os dados provisórios
do mês de Julho ainda não foram publicados, mas tudo indica para um aumento da
sinistralidade.