Desde Março que o número de
pedidos no Banco Alimentar aumentou, sobretudo de pessoas da chamada classe
média.
A presidente da Federação
Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, em entrevista à
Planície referiu que “o Covid trouxe implicações tremendas para muitas famílias,
porque deixaram de ter os rendimentos que tinham. Há famílias que habitualmente
não se encontravam em situação de pobreza e de repente ficaram numa situação
difícil."
Em relação ao Alentejo Isabel
Jonet salienta que “também se fez sentir esta realidade, embora com menor
incidência, porque apesar de tudo no Alentejo o emprego não é tão sazonal e as
estruturas aguentaram. Foi mais difícil em Lisboa, Setúbal, Porto e Algarve,
zonas que dependem sobretudo do turismo.”
Sobre os pedidos direccionados ao
Banco Alimentar contra a fome, a presidente sublinhou que “houve um grande
aumento de pedidos, nós lançamos a Rede de Emergência Alimentar e só em dois
meses tivemos mais 60 de mil pessoas a pedir ajuda. Temos procurado dar mais
resposta e angariar mais produtos para que se possa chegar à mesa de quem tem
fome, mas não é fácil, é uma situação muito difícil.”
Segundo Isabel Jonet a classe
média foi a mais prejudicada pela crise causada pela pandemia de covid-19.