Segundo Edgar Santos do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, “a petição foi realizada por um grupo de enfermeiros, que está na net a recolher assinaturas. Tudo o que vem na petição já nós apresentamos, mas o Governo decidiu excluir das negociações. “
Edgar Santos adiantou ainda que “vamos estar todos em peso na manifestação de dia 31 de Janeiro.”
No texto da petição, os promotores defendem que “somos uma profissão que obriga a andar sempre de um lado para o outro e a lidar diariamente com uma elevada responsabilidade, a responsabilidade de lidar com vidas humanas... o stress de lidar com a doença, o nascimento, o envelhecimento e a própria morte! A pressão de trabalhar em contexto de emergência, urgência, cuidados intensivos, bloco operatório... onde a linha que separa a vida da morte muitas vezes não existe e o stress torna-se brutal! Mas é também no contexto dos cuidados de saúde primários, onde a prevenção e a actuação têm que ser uma constante que os Enfermeiros se sentem pressionados a dar o seu melhor... os cuidados continuados e os internamentos hospitalares são ainda valências onde se lida diariamente com a morte...”
Com a petição online “Enfermeiros - Pela criação de um estatuto oficial de profissão de desgaste rápido e atribuição de subsídio de risco”, disponível desde quinta-feira no site peticaopublica.com, os promotores pretendem levar o assunto a discussão na Assembleia da República para "conseguir pressionar as entidades políticas".