A descida na produção esperada para este ano só não é mais significativa porque, sobretudo no Alentejo, continuam a entrar em produção pela primeira vez vários olivais recém-plantados.
Curiosamente, Espanha em vez de cair vai aumentar a sua produção em cerca de 23,5%.
Espanha é, historicamente, o maior produtor mundial de azeite, seguido de muito longe por Itália e com a Grécia em terceiro lugar.
No ranking dos maiores produtores, apesar do crescimento dos últimos anos, Portugal ocupa a sétima posição, à frente da Argélia e imediatamente atrás de Marrocos.
As previsões do Instituto, a 31 de Outubro, indicam que “a carga nos olivais tradicionais de sequeiro -que representam cerca de ¾ da área total desta cultura- é bastante heterogénea, tendo, duma forma generalizada, beneficiado da precipitação ocorrida ao longo de Outubro, verificando-se um aumento do calibre da azeitona”.
Nos olivais intensivos e superintensivos de regadio não se registaram, segundo a mesma fonte, “restrições à utilização de água de rega, se bem que a carga de frutos também seja inferior à do ano anterior”.
Mas segundo alguns dados os preços à produção devem manter-se entre os 2,7 e os 3,4 euros por quilo de azeite. Ou seja, não se prevêem agravamentos nos preços, nem ao produtor nem ao consumidor, apesar das quebras estimadas na produção.
No entanto, e segundo os dados mais recentes do Ministério da Agricultura, no espaço de uma década, o país passou do défice crónico da balança comercial para uma situação de superavit que atingiu os 150 milhões de euros, no sector do azeite.
Nos últimos 15 anos a região do Alentejo quintuplicou a sua produção, tendo registado um aumento de 25% da área de olival, já superior a 38 mil hectares, na sua maioria de regadio, abastecidos pela água de Alqueva. Cerca de 80% da produção nacional de azeite já vem do Alentejo.
Já quanto ao consumo de azeite estimado, para o ano que se segue, estima-se que deve rondar na casa das 75 mil toneladas em Portugal, mantendo-se estável.