O Coordenador distrital de Beja
do Bloco de Esquerda, Alberto Matos, em declarações à Planície considera
inaceitável esta situação, adiantando que “está em causa o atendimento de
pessoas que têm situações que à partida não são de covid, por isso recorrem ao
Serviço de Urgência e não à Saúde 24. Se não tiverem atendimento em Serpa,
naturalmente vão parar às urgências de Beja, onde o risco de contágio é maior,
para além de sobrecarregarem a urgência”.
Alberto Matos sublinha ainda que “a
margem esquerda do Guadiana só tem urgência em Moura, o que faz com que os
utentes de Mértola, e agora os de Serpa, tenham que se deslocar para Beja”.
O Coordenador salienta que o encerramento
da urgência de Serpa “não pode ser desligado duma estratégia de esvaziamento
deste serviço que, há uns meses passou a encerrar à meia-noite, com uma
campainha de recurso e, mais recentemente, encerra às 8 horas da noite. Fica
agora ainda mais claro que a entrega do Hospital de São Paulo (incluindo o
serviço de Urgência) à Misericórdia de Serpa, foi uma decisão desastrosa do
governo de Passos Coelho e Paulo Portas que há muito devia ter sido revertida”.
A distrital de Beja do BE defende
o regresso à esfera pública do SNS da gestão do Hospital de São Paulo, em
Serpa, a exemplo do que já aconteceu em São João da Madeira.