As eleições presidenciais no
Distrito de Beja, deram a vitória a Marcelo Rebelo de Sousa, com mais de 50%
dos votos, (51,30%) um resultado que já era expectável, mesmo em tempo de
pandemia. A grande surpresa nesta região do País, foi o segundo lugar de André
Ventura.
Num rescaldo aos resultados
eleitorais, a Planície depois de ouvir os partidos no concelho de Moura, é
altura das reacções partidárias a nível distrital.
O presidente da Federação do
Baixo Alentejo do PS, Nelson Brito sobre o acto eleitoral do passado dia 24 de
Janeiro sublinhou em declarações à Planície que “foi com satisfação que
percebemos que, dentro do enquadramento pandémico que temos, as autarquias e as
pessoas, garantiram aos baixo alentejanos os mínimos de segurança, para que, o
acto eleitoral decorresse e, isso é uma nota muito positiva”.
Sobre as eleições presidenciais,
o socialista referiu que “são muito personalizadas, à volta daquilo que é cada
candidato, ainda que venham a ter em muitos casos, o apoio manifestado por
parte de estruturas ou de partidos políticos. Aquilo que acabou por ocorrer,
foi a vontade expressa dos baixo alentejanos, que nós aceitamos no campo da
democracia”. E acrescenta que “teremos que tirar elações destes resultados,
daquilo que são as tendências. Esta é uma eleição que tem características
vincadamente sobre a personalidade de quem se disponibilizou a ser votado pelos
portugueses”.
Nelson Brito salienta que “foi
uma votação muito expressiva naquele que era o candidato que se ia
recandidatar, Marcelo Rebelo de Sousa, o qual acabou por ganhar as eleições,
dentro daquilo que era as perspectivas das várias sondagens, que foram sendo
colocadas durante este período”.
Para o socialista a “grande
característica que ressalta destas eleições, é a figura de André Ventura, que
acaba por ter aqui, também um voto expressivo, dentro do Baixo Alentejo. Os
baixo alentejanos, de certeza absoluta que não esqueceram os valores que nos
guiam e que nos acompanham. Há aqui uma posição que nos parece diferente, de
oportunidade, pelos tempos que vivemos, pela crise social e por uma linguagem
fácil, que ao contrário do que tem acontecido, na minha opinião, não devemos
desconsiderar e colocar-nos numa situação critica sobre a mesma”. E acrescenta
que “temos que perceber os fenómenos daquilo que é um eleitorado que esteve
muito disponível, para votar nesta oferta negativa de linguagem negativa,
tentando compreender, respeitando que os portugueses e os baixo alentejanos,
neste caso em concreto, manifestaram a sua vontade eleitoral. É a partir dessa
visão de respeito que nós teremos que construir uma alternativa”.