A decisão de
encerrar as escolas, em todos os níveis de ensino, foi tomada quarta-feira à
noite, depois de uma reunião com especialistas sobre os novos dados sobre a
situação epidemiológica, designadamente o crescimento da variante britânica do
novo coronavírus em Portugal.
Assim, e
perante os novos dados, e numa altura em que o país quebra novos máximos de
contágios e de mortes dia após dia, o Executivo decidiu encerrar todas as
escolas do Ensino Básico, Secundário e Superior.
"Face a
esta nova estirpe e à velocidade de transmissão que ela comporta, manda o
princípio da precaução que procedamos à interrupção de todas as actividades lectivas
durante os próximos 15 dias, anunciou António Costa, indicando que a suspensão
será compensada no calendário escolar da forma que o Ministério da Educação irá
ajustar com os directores das escolas.
O
primeiro-ministro adiantou que o o Instituto Nacional de saúde Pública Ricardo
Jorge forneceu dados sobre a nova estirpe, verificando-se que há um crescimento
"muito acentuado" da presença desta variante no nosso país. Na semana
passada tínhamos 8% de prevalência, esta semana temos 20%, e os estudos indicam
que possa ter um crescimento muito significativo, podendo chegar a 60% nas
próximas semanas.
Tal como
aconteceu no confinamento de Março, são adoptas um conjunto de medidas para
apoiar famílias com crianças com idade igual ou inferior a 12 anos. Em primeiro
lugar, terão as suas faltas justificadas ao trabalho (caso não estejam em
teletrabalho) e haverá um apoio idêntico ao que foi dado na anterior fase do
confinamento.
Continuará a
ser assegurado o apoio alimentar a todas as crianças que beneficiam de acção
escolar social. Além disso, todas as actividades relativas à intervenção
precoce e o apoio às crianças com necessidades educativas especiais também não
sofrerão interrupção. Manter-se-ão a funcionar as comissões de protecção de
crianças e jovens "para assegurar que os direitos são integralmente
protegidos".