Em Beja, além de estarem ocupadas as oito camas de
Cuidados Intensivos, estão também preenchidas todas as 46 camas disponíveis no
Serviço de Internamento de Medicina Covid-19, incluindo as 10 adicionadas na
última quinta-feira.
Fonte da Unidade de Saúde Local do Baixo Alentejo (ULSBA)
explicou à Lusa que a unidade está em articulação com outros hospitais da
região, tentando "encontrar soluções" para os novos casos que chegam
diariamente, mas não soube precisar se há doentes a serem encaminhados para
outras regiões do país.
No entanto, lembrou que o Centro Hospitalar e
Universitário do Algarve (CHUA) confirmou, na segunda-feira, ter recebido dois
doentes de Beja no 'hospital de campanha' em funcionamento no pavilhão
multiusos Arena de Portimão.
A capacidade da enfermaria covid-19 do Hospital de Beja
tem vindo a ser gradualmente aumentada, desde 08 de janeiro, dia em que foram
adicionadas mais quatro camas de nível III na UCI e seis camas de enfermaria às
24 então existentes.
Desde então, foram adicionadas mais 16 camas de
enfermaria covid-19, aumentando a sua capacidade para 46 doentes, o que não
impediu a unidade de voltar a atingir os 100% de ocupação.
Já em Évora, além de todas as 13 camas de UCI, estão
ocupadas 56 das 62 camas de que o HESE dispõe em enfermaria covid-19, além de
10 das 14 camas da Estrutura Municipal de Apoio (EMA) montada pela câmara
municipal.
A EMA, referiu a mesma fonte do hospital, tem condições
que permitem ir até às 40 camas e faz parte do aumento de capacidade que tem
vindo a ser implementada desde o início de dezembro, altura em que o HESE
dispunha de apenas 30 camas de enfermaria covid-19 e oito de UCI.
Atualmente, a estrutura hospitalar do distrito de Évora
dispõe de 75 camas em enfermaria, mais 14 na EMA e 13 em Cuidados Intensivos.
Também o Serviço de Urgência da Área Dedicada aos Doentes
Respiratórios (ADR-SU) mais do que duplicou os postos de atendimento, neste
mês, passando de 12 para 26.
O aumento aconteceu já depois de, no dia 03, o HESE ter
informado que "devido ao extraordinário aumento de afluxo de doentes"
na ADR-SU, os doentes com covid-19 ou suspeitos de infeção pelo coronavírus
SARS-CoV-2 não deviam ser encaminhados para aquela unidade.
No dia seguinte, o hospital de Évora voltou a receber
estes doentes, depois da normalização do afluxo aos serviços.
O HESE continua também no nível máximo de contingência, o
que significa que está suspensa "toda a atividade programada não inadiável",
incluindo consultas e intervenções cirúrgicas, além de ser aplicado o regime de
rotatividade de equipas e teletrabalho em todos os serviços onde é possível.
As medidas deverão ser revistas no final deste mês e
adaptadas em função da evolução da pandemia na região na região e no país.
Lusa
na região e no país.
Lusa