O Director da Escola Secundária de Serpa, Francisco Oliveira,
explicou à Planície que “esta situação vem um pouco daquilo que já é o
histórico. Desde 2011 que eu ando nesta guerra devido à necessidade de
requalificação da Escola, e efectivamente, o que acontece é que as salas não têm
condições e a própria escola em termos de estrutura eléctrica não suporta
muitos aquecedores, porque os quadros disparam”.
Segundo o director, a escola “tem vários problemas, como
infiltrações, que fazem com que chova dentro das salas, e falta de isolamento
térmico”.
“No inverno, o frio é difícil de suportar na maior parte das salas
de aula da escola, especialmente nas que não têm ar condicionado”. Lamentou o
responsável.
“Naquelas salas é muito comum os alunos usarem vários apetrechos
para tentarem combater o frio e se aquecerem, como casacos quentes com gorro,
cachecóis, luvas, vários pares de meias nos pés, mantas e cobertores sobre os
ombros e as pernas”. Referiu Francisco Oliveira.
“A situação agravou-se este inverno com as normas da
Direcção-Geral da Saúde (DGS) devido à pandemia de covid-19 e que obrigam arejar
salas, através da abertura de portas e janelas”, disse.
Os alunos resolveram, mostrar hoje o seu descontentamento, por
toda esta situação “o protesto, foi organizado por uma turma do Curso de Gestão
do Ambiente, que tomou essa iniciativa em conjunto com a Associação de
Estudantes. Resolveram promover o protesto frente à Escola, hoje, com o
objectivo de recusar a utilização do edifício que não apresenta condições de
utilização”. Acrescentou o director.
Mantas, casacos com gorro, cachecóis e luvas são apetrechos que os
alunos da Escola Secundária de Serpa, usam para suportar o frio nas aulas e que
tem sido agravado pela necessidade de arejar salas devido à pandemia de
covid-19.
Recordamos que o Ministério da Educação indicou que as escolas
podem arejar as salas durante o intervalo das aulas, tendo em conta as baixas
temperaturas, segundo o qual as janelas e portas devem ser abertas sem
comprometer a segurança das crianças.
“Face à presente situação meteorológica, quando não existam
equipamentos de ventilação mecânica nas salas de aula ou outros espaços
utilizados para leccionação, o arejamento pode ser realizado de forma natural
durante os intervalos, garantindo a ventilação e renovação do ar interior”,
refere o ministério num comunicado sobre orientações conjuntas da
Direcção-geral da Saúde, da Direcção-geral dos Estabelecimentos Escolares e da
Direcção-geral da Educação.