Depois de confirmados os dois casos de infeção, "a
autoridade de saúde local mandou fechar a escola por precaução e para fazer o
inquérito epidemiológico", ou seja, identificar e mandar fazer testes aos
contactos próximos das infetadas, explicou Luís Pita Ameixa, presidente da
Câmara de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.
Em função dos resultados dos testes, "a autoridade
de saúde irá tomar as decisões adequadas", como as relativas ao
funcionamento da escola, que é frequentada por 156 alunos, disse.
Segundo o autarca, até hoje, no concelho de Ferreira do
Alentejo, há registo de 33 pessoas infetadas pelo vírus da covid-19, das quais
25 estão com infeções ativas e oito já recuperaram.
A maior parte dos casos ativos corresponde a um surto com
20 trabalhadores imigrantes infetados, que foi identificado na aldeia de Santa
Margarida do Sado e divulgado na segunda-feira.
Os 20 infetados fazem parte de um grupo de 24 imigrantes
que vivem juntos num espaço com várias casas naquela aldeia e trabalham também
juntos em explorações agrícolas no concelho, explicou.
Trata-se de um surto "circunscrito" ao grupo de
imigrantes, que "não tinha contactos assíduos com a comunidade
local", o que "ajudou a evitar o alastrar" da infeção a outros
habitantes da aldeia, frisou Luís Pita Ameixa.
Os 20 imigrantes infetados "não têm sintomas
graves" de covid-19 e estão em confinamento obrigatório em casas do espaço
onde vivem e separados dos restantes quatro que tiveram resultados negativos.
A entidade patronal responsabilizou-se por garantir as
boas condições de alojamento, a alimentação e o abastecimento de produtos e
bens essenciais aos 24 imigrantes.
Lusa