Ao nível do emprego, 47% das
empresas de restauração e 27% das empresas de alojamento indicaram que já
efectuaram despedimentos desde o início da pandemia.
Os resultados confirmam o
desespero das empresas e demonstram enormes dificuldades em conseguir manter os
negócios e os postos de trabalho, caso não surjam apoios imediatos. A
insolvência e os despedimentos são inevitáveis.
Para as empresas inquiridas, a
facturação do mês de Outubro foi devastadora, com mais de 43% das empresas a
registarem quebras homólogas de facturação acima dos 60%.
Como consequência da forte
redução de facturação, cerca de 14% das empresas não conseguiram efectuar o
pagamento dos salários em Outubro e 11% só o fez parcialmente.
No Alojamento Turístico, 23% das
empresas não registaram qualquer ocupação no mês de Outubro e 30% indicou uma
ocupação máxima de 10%.
Para o mês de Novembro, cerca de
50% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e mais de 24% das empresas
perspectivam uma ocupação máxima de 10%. Para os meses de Dezembro e Janeiro a
estimativa de ocupação zero agrava-se, sendo referida por mais de 57% das
empresas.
Para as empresas inquiridas, a
facturação do mês de Outubro foi devastadora, com mais de 36% das empresas a
registarem quebras homólogas de facturação acima dos 90%.
Com estas perdas, cerca de 19%
das empresas ponderam avançar para insolvência por não conseguirem suportar
todos os normais encargos da sua actividade.
A AHRESP considera que, com as
novas restrições em grande parte do território português, o funcionamento das
actividades económicas será necessariamente agravado, sendo por isso ainda mais
urgente a disponibilização de medidas para estes sectores.
Exemplo desse agravamento são os
dados publicados pelo INE referentes ao 3º trimestre de 2020 (período normal de
maior empregabilidade), revelando que a restauração e o alojamento perderam
49.200 postos de trabalho face ao mesmo período de 2019.