Os quatro novos casos de infeção confirmados são de dois
enfermeiros e dois assistentes operacionais, precisou a presidente da Unidade
Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Conceição Margalha.
Com a confirmação de mais quatro casos, subiu de 16 para
20 o total de infetados no segundo surto no hospital, entre os quais há 14
profissionais de saúde dos serviços de Medicina, Urgência Geral e Endoscopia,
nomeadamente oito enfermeiros e seis assistentes operacionais, todos em
isolamento em casa, e seis doentes.
A Unidade de Saúde Pública da ULSBA determinou a
colocação de mais cinco profissionais de saúde do hospital em vigilância ativa
com isolamento profilático, o que fez subir de 74 para 79 o número de
trabalhadores naquela situação.
Segundo a ULSBA, entre aqueles 79 profissionais, há 45
enfermeiros, 24 assistentes operacionais, oito médicos, um técnico superior de
diagnóstico e terapêutica e um assistente técnico.
Devido ao número de profissionais de saúde ausentes por
estarem infetados ou em vigilância ativa com isolamento profilático, os
serviços afetados adaptaram os respetivos modos de funcionamento, "não se
tendo procedido ao encerramento de qualquer serviço ou camas de
internamento".
No entanto, a Unidade de Endoscopia Digestiva fechou na
passada sexta-feira para uma ação de desinfeção e reabriu na segunda-feira e as
cirurgias programadas, que tinham sido suspensas, "estão a ser gradualmente
retomadas", refere a ULSBA.
Conceição Margalha esclareceu hoje que o segundo surto no
hospital de Beja, que foi divulgado na passada quinta-feira, teve origem numa
doente infetada que entrou no Serviço de Urgência Geral com uma patologia
abdominal e depois teve indicação para cirurgia.
Por não ter sintomas compatíveis com covid-19 e, por
isso, não ser um caso suspeito, a doente, antes de ser internada, ficou no
Serviço de Urgência Geral, onde fez um teste de despiste da presença do vírus
que provoca aquela doença e que deu resultado positivo.
Até ser conhecido o resultado do teste, o que demorou 24
horas, a doente infetou dois utentes que estavam ao lado dela no Serviço de
Urgência Geral, os quais, por sua vez, e já internados num piso do hospital,
infetaram outros três doentes, explicou a presidente da ULSBA.
O processo de monitorização diária do segundo surto no
hospital de Beja envolve a Unidade de Saúde Pública, o Serviço de Saúde
Ocupacional e o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência
aos Antimicrobianos da ULSBA.
Para garantir a segurança de todos e a manutenção da
confiança institucional e cumprindo as orientações da Direção-Geral da Saúde, a
ULSBA reforça "a importância do distanciamento físico, da higienização das
mãos e do uso de máscara de proteção".
O primeiro surto no hospital de Beja, que foi
identificado em 24 de setembro e considerado ultrapassado em 21 de outubro,
infetou 36 profissionais de saúde, todos já recuperados e a trabalhar.
Lusa