No balanço que o deputado fez à
Planície sublinhou que “nós temos uma preocupação muito grande com os cuidados
de saúde, que são prestados no nosso distrito, em concreto a situação do
Hospital de Serpa. Tivemos um conjunto
de visitas a diversas entidades, que têm uma intervenção bastante significativa,
nos cuidados de saúde, prestados à nossa população.”
O parlamentar acrescentou que “na
reunião que tivemos com o provedor da Santa Casa da Misericórdia, foi muito discutida
a situação do Serviço de urgência avançado que o Hospital de S. Paulo é
detentor. Nós discordamos em absoluto com a entrega do Serviço do Hospital de
Serpa, nas mãos da Santa Casa da Misericórdia, entendemos que devia estar na
esfera pública e ser gerida pela Administração Pública. Aquilo que acontece, é
que, desde longa data tem vindo a queixar-se que o Serviço de Urgência do
Hospital, não tem rentabilidade. Para nós a rentabilidade é ter a população
saudável, com acesso à saúde”. E adianta que “o Provedor há cerca de 3 semanas,
entendeu fazer sair um comunicado em que iria encerrar durante a noite a
urgência, deixando apenas uma campainha para quem precisasse tocar, aguardando
que fosse atendido. Nós descordamos desse tipo de cuidados tão rudimentar”.
João Dias acrescentou que “não
podíamos deixar de falar com a Administração do Hospital de Beja, que tem
responsabilidade naquilo que é tripartido com a Santa Casa da Misericórdia, mas
também das questões que dizem respeito aos cuidados por todo o Distrito e
nomeadamente no que tem a ver com os cuidados de saúde primários, uma
preocupação muito grande, pelo facto de ainda estarem encerradas algumas
extensões de saúde. Há um compromisso por parte da presidente do Conselho de
Administração até ao final de Outubro, venham reabrir aquelas extensões, que
encerraram por questões relacionadas com os circuitos de segurança para os
utentes e profissionais, no âmbito da Covid.
Também discutimos a necessidade
de profissionais, que é tão grande, que das 18 vagas que abriram para médicos
de família, apenas uma foi preenchida. Isto revela bem as dificuldades que têm
de captar e fixar médicos e outros profissionais de saúde no nosso Distrito”.