José Robalo foi ouvido esta manhã na
Assembleia da República pela Comissão de Saúde sobre o processo de construção
do futuro Hospital Central do Alentejo, sobre o surto de covid-19 no lar de
Reguengos de Monsaraz (distrito de Évora) e sobre a demora na reabertura de
algumas extensões de saúde, numa audição requerida pelo PCP.
O processo de construção do novo Hospital
Central do Alentejo, que deverá estar concluído em 2023 e que envolve um
montante total superior a 180 milhões de euros, tem sido alvo de críticas
devido aos atrasos na adjudicação da obra.
Em abril deste ano, o presidente da ARS do
Alentejo tinha dito à agência Lusa que o concurso público da empreitada do novo
hospital foi ganho pelo grupo espanhol Acciona, mas desde então o processo não
sofreu evolução.
Confrontado pelos deputados, José Robalo
explicou que a demora tal se deveu a uma "diferença em relação ao
cronograma financeiro que a ARS tinha projetado" e aos efeitos da
pandemia, mas assegurou que o processo vai ficar concluído até ao final do ano.
"O que posso garantir é que a adjudicação
será feita até ao final do ano e depois será enviada para o Tribunal de Contas.
É isso que eu posso garantir neste momento", sublinhou, afastando qualquer
cenário de "regresso à estaca zero".
O presidente da ARS do Alentejo adiantou ainda
que está a ser feita uma reprogramação da obra para que se possa obter um
financiamento comunitário superior ao previsto (40 milhões), diminuindo o
contributo nacional no investimento.
No entanto, José Robalo ressalvou que este processo
é paralelo ao da adjudicação e que "não existe interferência".
O Hospital Central do Alentejo, a construir na
periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e
terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada,
em caso de necessidade, até 487.
A futura unidade hospitalar vai dar resposta
às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de
primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais
de 500 mil pessoas.
A infraestrutura contará com 11 blocos
operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de
ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e
43 postos de recobro.
Lusa