"Mas não posso garantir que no futuro seja igual", porque
"se os médicos (do Serviço de Cirurgia) com mais de 50 ou 55 anos se
recusarem a fazer urgência, como a lei lhes permite, teremos esse problema,
mas, neste momento, não temos", frisou a presidente do conselho de administração
da ULSBA, à Lusa.
Segundo Conceição Margalha, atualmente, a equipa do Serviço de Cirurgia
do hospital de Beja é composta por 10 cirurgiões que fazem parte do quadro da
ULSBA, sendo que seis têm mais de 55 anos e os restantes quatro menos de 50
anos, e por sete médicos internos da especialidade de cirurgia, dois dos quais
já terminaram a formação de especialidade e deverão ficar a trabalhar no
hospital.
A cirurgia de urgência do hospital tem seis chefes de equipa, sendo que
dois têm mais de 55 anos e quatro menos de 50 anos.
"Os médicos com mais de 55 anos não são obrigadas a fazer urgência,
mas, até ao momento, têm-se dedicado ao serviço e pautado pelo não encerramento
da cirurgia no serviço de urgência e por responder às necessidades da
população, frisou a presidente a ULSBA.
Conceição Margalha disse ter "esperança" que através dos dois
próximos concursos de contratação, um a decorrer e outro a lançar em breve,
"entrem novos profissionais que venham melhorar as condições de trabalho
existentes.
A dificuldade em contratar médicos não é só da ULSBA, várias
instituições de saúde do interior do país debatem-se com este grande problema e
com a carência de recursos humanos e fazemos o nosso melhor para responder às
populações e, realmente, é à custa da sobrecarga dos profissionais e da sua
dedicação aos serviços", rematou Conceição Margalha.